Sport perde mais uma no Nacional e se complica na tabela

terça-feira, 28 de outubro de 2008

matéria publicada Domingo (26/10/2008)

>> BASQUETE FEMININO

Depois de um jogo fraco, Sport perde pela terceira vez seguida no Nacional. A derrota da vez foi para equipe carioca Mangueira/Petrobras por 90 x 80.

Por Danilo Gonçalves

O Sport somou ontem, mais uma derrota no 11º Campeonato Nacional de Basquete Feminino, a terceira consecutiva. Dessa vez, o time não conseguiu superar as meninas da Mangueira/Petrobras (RJ) num jogo realizado no ginásio do time rubro negro. A equipe carioca foi superior quase toda a partida e venceu por 90 a 80. A cestinha do jogo foi Tayara, ala do time pernambucano, que pelas estatísticas, também é a cestinha da competição.

O Sport foi superior no 1/4, onde fechou o período com uma pequena vantagem sobre o time da Mangueira (24 x 19). O time carioca, estreante na competição, se recuperou a partir do segundo período e no final do terceiro já tinha aberto uma vantagem de 21 pontos. Os principais destaques do time foram a ala Renata, que pontuou 19 vezes e a pivô Clarrisa com 14 pontos e 16 rebotes.

“A gente igualou o jogo quando eu coloquei uma jogadora rápida em quadra. O time acertou com essa formação. Sabíamos que a partir do momento em que jogássemos bem, nós ficaríamos mais perto da vitória. Nós jogamos bem, então conseguimos. Nos superamos hoje, jogamos sem uma das pivôs que teve que voltar ao Rio depois que recebeu a notícia do falecimento da avó. Vencemos hoje para homenageá-la.”, afirmou Guilherme Vós, técnico da Mangueira/Petrobrás.

Ao final do jogo, Roberto Dornelas, técnico do Sport desabafou. “No último jogo dessa competição, vocês vão entender o porquê dos resultados não estarem saindo. O rendimento vai de acordo com o apoio que estamos recebendo. Eu já gastei 27 mil do meu bolso com o basquetebol feminino. O time vai acabar no próximo ano e isso está afetando o psicológico das meninas. Até proibidos de treinar na quadra do Sport nós já fomos. Não vou falar mais nisso agora, mas na nossa última partida nesse campeonato eu vou soltar o verbo.”

Fontes confiáveis, que não querem ser identificadas, dizem que a falta de apoio vem por parte do Clube, que direciona quase que toda a verba dos esportes amadores para o voleibol e não dá suporte necessário ao basquete. O patrocínio da Pitú, por exemplo, que era do basquete, hoje em dia, apóia o voleibol por repasse do Clube, afirmam.

Com a derrota, o Sport ficou na sexta colocação e tem agora apenas chances remotas de classificação para próxima fase, onde passam as quatro melhores equipes da fase classificatória. O próximo confronto do rubro negro será amanhã, na abertura do returno, na quadra do Sport às 20h30 (horário de Brasília), contra o Santo André, quarto colocado na competição.

Recife Assombrado - A Sala do Escritório

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Relato de: Marta


O lugar é uma bela casa no bairro do Torreão, no Recife. Já foi uma residência, mas agora é a sede da empresa de assessoria jurídica onde trabalho. Muitas vezes, precisamos ficar neste lugar até tarde da noite para dar conta do serviço. E foi numa dessas vezes que começaram a ocorrer coisas assustadoras...

Estávamos eu e uma colega numa das salas casa, preparando relatórios. Era mais ou menos nove horas e permanecíamos em silêncio, concentrada nos nossos computadores. Sem mais nem menos, o ambiente ficou frio, gelado de dar arrepios. Tanto eu como ela sentimos com se alguma coisa esquisita fosse acontecer, mas permanecemos caladas.

De repente, comecei a achar que estava sendo vigiada, que alguém que eu não podia ver estava me olhando. Parei de digitar e tentei falar com a minha amiga, mas as palavras não saíram. E ela fazia um cara de medo, com os olhos arregalados. Poucos segundos depois, a porta da sala, que estava aberta, se fechou lentamente como se alguém a estivesse empurrando com cuidado. Apavoradas, paramos o que estávamos fazendo e fomos embora sem concluir os relatórios.

Dias depois, eu estava sozinha nesta mesma sala e, em torno das oito da noite, precisei sair para apanhar um documento em outro cômodo. Na volta pelo corredor, senti um calafrio violento e ouvi passos me seguindo, embora ninguém estivesse ali além de mim! Mais uma vez, sai de lá correndo, sem concluir meu serviço. Mas o pior ainda estava por vir...

Passaram-se mais alguns dias, e de novo precisei esticar o horário, desta vez para organizar alguns processos. Confesso que estava meio assombrada de estar ali àquela hora: aproximadamente dez da noite. Mas não tirava os olhos da papelada para acabar logo e poder voltar para casa.

Quando eu menos esperava, levantei a vista por um segundo e enxerguei, na minha frente, a figura de um velho. Era um senhor distinto com a expressão severa, vestindo um paletó preto. Em pé, ele me encarava como se não estivesse satisfeito com a minha presença. Durou o tempo de um piscar de pestanas e o velho sumiu, como que por encano. Senti falta de ar, taquicardia, tremor nas pernas. Arranquei força não sei de onde para fugir do local. De tão perturbada que estava, deixei, sobre a mesa, a bolsa e o celular. Na rua, peguei um táxi e prometi pagar a corrida no dia seguinte.

E no expediente do dia seguinte, fui falar com a da minha chefe para dizer que não iria mais trabalhar naquela sala. E disse exatamente a razão, mesmo com o risco de ela me achar uma louca. Ao contrário do que eu esperava, minha chefe entendeu meu pedido. Disse que outras pessoas que estiveram lá contaram histórias parecidas. Explicou ainda o tal velho era o antigo morador da casa transformada em escritório. Um sujeito rico, mas que, por ser avarento, morreu sozinho, sem família ou amigos, naquele mesmo cômodo onde eu trabalhava.

Resolvemos pedir a um padre que desse uma benção no lugar. Mas, por via das dúvidas, fizemos da sala um almoxarifado, onde ninguém precisa passar muito tempo...

E quando o Jornalista interpreta errado?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Por Danilo Gonçalves

O erro é uma realidade encarada de uma forma não muito natural em algumas profissões, apesar de sermos todos seres humanos. Mas é fato que, no Jornalismo, errar, muitas vezes passa a ser uma questão imperdoável. Isso se dá não só pelo comprometimento da qualidade dos produtos e serviços resultantes, mas também pode afetar mais diretamente a vida dos cidadãos. No pior dos casos, pode comprometer veículos de comunicação e, sem dúvida, acabar com a reputação de um jornalista. Sem contar, nas confusões que podem ser provocadas no dia-a-dia da população. Entretanto, são poucos os casos de escândalos que acontece por algum erro de interpretação do jornalista. Principalmente, quando se trata de meios que possuem uma maior credibilidade.

Há ainda a atenção com a conduta ética. Quanto a isso, o Código de Ética do Jornalista Brasileiro consta no 2º artigo que a “divulgação de informação, precisa e correta, é dever dos meios de comunicação”. E mais, no artigo 7º, afirma que “o compromisso fundamental do jornalista é com a verdade dos fatos, e seu trabalho se pauta pela precisa apuração dos acontecimentos e sua correta divulgação”.

Os erros de interpretação são maiores quando se trata de uma entrevista. O entrevistado diz algo que o jornalista interpreta para uma outra vertente e acaba causando um enorme mal entendido. Ora por simples descuido ou falta de conhecimento sobre o que e a quem se entrevista, ora por má fé. Afinal, é um direito do jornalista interpretar de todas as formas, porém, este direito é utilizado de forma errada por aqueles profissionais que estão correndo atrás dos chamados “furos jornalísticos.” Estes, geralmente trabalham em veículos que não têm muita credibilidade perante o leitor, uma vez que o coeficiente de confiabilidade destas matérias são proporcionais ao nível de segurança do público em relação à mídia que consome.

Por outro lado, o jornalismo dito sério, preza uma atividade social que se apóia no compromisso de informar as pessoas acontecimentos da sociedade. E, nem esse está fora da margem da interpretação errônea. Quando ocorre, se dá realmente por descuido e não pela má do profissional. Mas, não precisa ocorrer um erro proposital para que um jornalista seja desligado do veículo que trabalha. Infelizmente, esse é um risco que qualquer jornalista enfrenta.

Etnografia - Boate Metrópole

terça-feira, 14 de outubro de 2008


Esse texto que vou postar agora é uma Etnografia da Boate Metrópole, aqui em Recife. Eu fiz esse trabalho no 2º período, faz um pouco de tempo, logo algumas coisas mudaram até hoje. E atenção, atenção. Nota máxima! (risos). O trabalho tem algumas (muitas) fotos que resolvi não postar, pois são pesadas.


Esta descrição sobre o que acontece na balada recifense GLBTS, tem como objetivo mostrar que a diversidade sexual não deixa a desejar como um setor da economia e pode ser uma opção para o fim de semana. Se por um lado, cada vez mais boates designadas “hetero” disputam a liderança de público, a Boate Metrópole World Dance, comandava por Maria do Céu, “promove as melhores festas do Nordeste” (Site ARRASA!, 2006). Um conjunto de fatores faz com que a Metro “domine a noite recifense reunindo tribos diversas entre moderninhos, drags, barbies e muitas garotas poderosas” (Site Farora Digital, 2005). São esses conceitos que fazem da boate “uma das casas mais agitadas da cidade em seus 5 anos de existência” (L.J.C., freqüentador). A boate abre todas as sextas-feiras, sábados e vésperas de feriado.


Situada na Rua das Ninfas, Boa Vista, Recife-PE, a fachada da boate tem tonalidades de rosa e lilás, uma das principais cores da representação GLBTS, com detalhes pretos.


O show começa antes mesmo de entrar na boate. Na fila, os clientes se divertem com drag queens, transformistas, caricatas, entre outros personagens engraçados, contratados pela boate, que fazem a animação da entrada, anunciando que a balada está apenas começando e promete ser agitada. Além disso, há também os freqüentadores que vão transformados em drags, travestis, etc. Estes não têm obrigação nenhuma de animar a boate. Vão vestidos desse jeito por livre e espontânea vontade.


Na medida em que as pessoas vão entrando, dirigem-se ao Bar Brasil, um dos ambientes da boate. A decoração desse espaço é uma homenagem à Carmen Miranda. Um dos motivos por ser Carmen Miranda é devido à ela ser um ícone no país, além de ser uma diva. Por outro lado, a questão dela ser espalhafatosa, pode causar uma identificação com o público gay. Considerada uma das maiores personalidades brasileiras da década de 30. Carmen era “um emblema tropicalista” (Caetano Veloso, 1997). O que representa bem o nome do bar: Brasil.


As paredes são negras e contêm quadros com características sobre a carreira de Carmen Miranda. Além disso, são adornadas com modelos de plataformas parecidos com os usados pela pequena notável, feitas com arames, miçangas e flores. No mesmo ambiente, há um bar com uma variedade de bebidas, onde pode-se encontrar da cachaça ao whisky, passando por energéticos, vodkas e licores. Na região do teto localizado em cima deste bar, há mais características que identificam Carmen Miranda, um lustre em forma de cacho de bananas rodeado de macacos pendurados ao seu redor, numa combinação de miçangas, pedrarias, metais e flores que dão ao ambiente uma paisagem bem tropical. Toda a decoração foi feita pela marca Gatos de Rua e assinada por Beto Kelner.


Mais afastado dali, porém, ainda no Bar Brasil, ficam as picapes que são assumidas pelos DJ’s que fervem o ambiente tocando músicas nacionais, pop, flash back, etc. Geralmente, o DJ Chiclete é o responsável pela animação do local. O teto é repleto de jogo de luzes que são ligados durante a balada. Próximo ao Bar Brasil, caricaturas de sexo entre duas mulheres dão uma identidade gay ao local e tratam o tema da homossexualidade num clima de irreverência e descontração.


Por volta de 00h15min, o principal ambiente da boate é aberto ao público. É a chamada pista de dança New York Street. Nesse ambiente, há outro bar com variedades de bebidas. Num espaço um pouco mais elevado ficam as picapes, onde os DJ’s tocam músicas que levam o público ao delírio. A música é forte. Os “tuntz tuntz” entusiasmam as pessoas que dançam freneticamente com a batida eletrônica e parecem estar desligadas do mundo exterior, completamente em êxtase. Algumas fecham os olhos e sentem a música na alma. Parecem dançar como se estivessem sendo comandadas por forças maiores. Outras dançam normalmente, as vezes segurando suas bebidas ou cigarro na mão. Alguns dançam sozinhos, em pares ou em grupos maiores. Descem até o chão coladinhos uns nos outros e ao mesmo tempo em que beijam, requebram todo o corpo na velocidade da música. Alguns poucos gritam como se quisessem liberar toda a adrenalina do momento pela boca. É possível sentir o calor que envolve cada um em cada uma das músicas. DJ’s como Pax, Júnior Bomba, Cabeça, Ale e David Kelner, tocam house e vertentes e, ficam responsáveis pela agitação da galera, enquanto os jogos de luzes vão esquentando o clima na noitada. Globo de luzes, globo espelhados, raios lasers, levam a multidão à loucura e deixam a vibração cada vez maior. Pessoas se beijam, bebem, dançam, fumam. Tudo isso quase que de uma só vez. A adrenalina sobe, principalmente, para quem está comandando todo aquele pessoal. Pax nos revela a sua sensação no trecho de sua fala transcrito a seguir:


“Eu sinto uma adrenalina, uma felicidade orgástica quando a pista grita e vibra. É uma energia muito positiva.”


Os “DJ’s viraram ídolos no Brasil, a profissão é algo mais palpável hoje em dia. Tem DJ no Big Brother, na novela da Globo, festas e festivais em todo o país, público de 45 mil pessoas no Skol Beats.” (Claudia Assef, 2003).


Na parede que fica por trás das picapes dos DJ’s vários discos de vários tamanhos e cores ornamentam o espaço. Ao lado dos DJ’s, fica uma área reservada para as apresentações dos Gogo Dancers, como se fossem “cabines”. Também perto dali, um palco é usado para apresentações dos stripers, além de shows de bandas e shows drags. Abaixo desse “palco” ficam localizados os banheiros.


Outro ambiente da boate é o chamado Badalage. Um espaço ao ar livre, localizado na cobertura da boate, que reproduz a orla de uma cidade, com pequenos postes e mesas em forma de tendas, feitas com troncos e cobertas com palhas de coco, além do desenho de pessoas fazendo sexo, namorando, conversando ou somente apreciando a vista em prédios, arranha-céus e construções. Desenhos de animais também são características fortes dessa arte. Pode-se dizer que esse é o ambiente mais calmo da Metro. Nele encontra-se apenas um bar, várias mesas e cadeiras para o público conversar, namorar, paquerar. Tudo isso, de vista para o céu. O lugar ideal para quem já se “arrumou” e quer aproveitar a noite a dois num clima mais romântico.


Outro ambiente, este um pouco menor, é o Mezanino. Assimilando-se a uma “varanda”, serve, basicamente, para dar acesso do Bar Brasil à pista de dança. E ainda um ambiente localizado ao lado do Bar Brasil, repleto de sofás e pufes. Para a galera que não agüenta a “night”, um bom espaço para relaxar, pedir uma bebida e, quem sabe, até tirar uma soneca.


A Metro tenta sempre inovar a cada balada. Por isso, festas temáticas dão um gás a mais na noitada, tirando o público da mesmice. Um exemplo disso é a chamada Sexta Mexicana, onde a boate proporciona ao público uma decoração de festa mexicana, que acontece em todas as primeiras sextas-feiras do mês. E pra não perder o embalo, faz promoção da bebida que não pode faltar numa festa como essa: a tequila.


Além dessa, várias outras festas temáticas animam a boate durante todo o ano. Festa de Halloween, Festa da Espiga (São João), Festa do Pirulito (dia das crianças), Natal do Peru (Natal), Reveillon da Sorte (Reveillon), etc.


Contudo, a boate não espera nenhuma data especial para fazer festas temáticas. O Pancadão Chic (festa funk), o Metrorkut (festa da comunidade virtual da boate), Festa do Beijo, são exemplos de temas criados pela boate para transformar ocasiões não-especiais, em ocasiões mais do que especiais. Uma forma de inovar e atrair o público.


A boate ainda trás ao público os melhores shows de drags, transformistas, stripers (boy e girls), etc.


Assim é a balada GLBTS e tudo o que rola na noite mais animada do Recife. Por volta das 04h00min o público começa a deixar a boate, mas a boate só fecha quando o último cliente vai embora, às 06h00min ainda tem a turma mais animada, que espera o sol raiar para poder partir.

Literatura de Cordel

A idéia era: escolher um tema qualquer e criar uma literatura de cordel utilizando a maior quantidade de cores. Foi um trabalho para Edição Gráfica. Lá vai. Momento fofurinha (risos).


autor: Virgínia Halliday http://www.virginiaagh.blogspot.com/



Olimpíadas 2008
Um evento cheio de cores
E que esbanjou sabores,
Uns doces como o amarelo mel
Outros amargos como o verde jiló.
Mas ninguém estava só
Pois tinham um Brasil roxo de amor
Que pelos atletas, sem cessar vibrou.


César Cielo foi o protagonista
De uma novela em preto e branco cheia de artistas
Um dos poucos ouros do Brasil
Mas que outras metas também atingiu
O rosa, que representa a mulher esteve presente,
Teve Maurren Maggi defendendo a gente
Um único centímetro foi o suficiente
Pra deixar seu passado preto definitivamente


No futebol feminino foi um pouco diferente
O vermelho, azul e branco passou na frente
Foi o mesmo EUA de 2004
Que deixou mais uma vez o Brasil embaixo
O cinza claro da prata foi inconformado
As meninas mereciam ter ganhado
Marta ficou vermelha de raiva
Pudera, fora ela a mais lutadora e brava.

O vôlei feminino também descontou
O azul, vermelho e brancoque o futebol feminino manchou
Engoliu a prata amarga e o nosso ouro inédito entregou
Merecidamente o Brasil ganhou
Na hora, ninguém acreditou
Foi tudo tão mágico, e só se via o chororô
Amarelo, azul, verde e branco é que são as cores do vencedor.
Meninas, vocês deram show.


No futebol masculino uma baboseira
O azul e branco da argentina nos deu uma rasteira
Ronaldinho e pato amarelaram, tal qual as camisas que usaram
Foi um fiasco deprimente
Culpa de Dunga
Ou nossa, que acreditamos em duende?
O verde e amarelo fracassou
Mas nem assim diminuiu nosso amor.

O Diego Hipólito de shortinho azulado
Não conseguiu trazer o ouro tão esperado
Depois da apresentação, o branquinho metido
Abaixou a cabeça e chorou deprimido
O bi-campeão mundial amostrado,
Bateu de bunda no azul do tablado
Deixando todo mundo arretado.
Que danado!

E a Yane Marques também se deu mal
Uma das alunas da Maurício de Nassau
Não foi uma representante do magenta sensacional
Deve ter ficado vermelha de vergonha
Pois a faculdade deu uma força medonha
Mas agora não tem mais o que fazer
É acreditar mais uma vez no verde e amarelo
Pra poder vencer.

E quem pensa que por aí parou
Ainda tem a Natália do taekwondo
Uma das poucas que não amarelou
Ela trouxe o bronze
Que nenhuma brasileira alcançou
Mostrou ao vermelho e amarelo da China
O quanto ela batalhou
E através de uma “simples” medalha
Sua história traçou.

Jornalismo Cultural

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vou postar abaixo uma parte de um trabalho que eu fiz sobre Cadernos Culturais. Passei um mês analisando o Caderno Cultural do Diário de Pernambuco (Caderno Viver). O trabalho é um pouco grandinho, por isso não vou postar todo. Quem sabe com o passar do tempo eu coloco outras partes dele.

Por Danilo Gonçalves

É comum as pessoas dizerem que não possuem cultura quando elas não têm contato com a leitura, artes, história, música, etc. Para o senso comum, cultura possui um sentido de erudição, ou seja, é uma pessoa que sabe ou que entende muito e de muitas coisas, uma instrução vasta e variada adquirida por meio de diversos mecanismos, principalmente o estudo. Porém, esta é uma concepção equivocada a respeito do que realmente significa o termo “cultura”.

O conceito de cultura é bastante complexo. Em uma visão antropológica, podemos o definir como a rede de significados que dão sentido ao mundo que cerca um indivíduo, ou seja, a sociedade. Essa rede engloba um conjunto de diversos aspectos, como crenças, valores, costumes, leis, etc.

Nesse sentido, podemos dizer que é impossível existir um ser humano que não tenha cultura, afinal, todos nós nos englobamos num contexto social, seja ele qual for. Também podemos dizer que considerar uma determinada cultura como um modelo a ser seguido por todos é uma visão extremamente etnocêntrica.

Nos dias de hoje, a palavra Cultura se funde em si. Isto é, com o avanço tecnológico, globalização, etc, o mundo está cada vez mais próximo a ter uma cultura única, devido ao capitalismo moderno, surgido em meados da segunda metade do séc. XVIII. Porém, sabemos que jamais teremos uma cultura única para todos, no máximo, uma linha tênue entre uma cultura e outra.

Os cadernos culturais no Brasil foram surgindo aos poucos depois do primeiro passo e, se tornaram indispensáveis, até hoje, para os brasileiros que apreciam uma boa leitura. O pioneiro nos cadernos culturais foi Caderno B, do Jornal do Brasil. E, no contexto da evolução da imprensa brasileira, a década de 50 foi decisiva. Depois de muitos obstáculos enfrentados para sua publicação, inclusive dentro do próprio JB, o Caderno B só foi publicado dois anos depois da iniciativa, em 2 de junho de 1959. O caderno trazia consigo textos criativos e, sobretudo, se propôs a ser um produto.

Porém, durante muitas décadas, o caderno cultural era feito por doutores e para os doutores, onde cada um tinha espaço ilimitado para escrever chegando até ocupar espaços de campanhas publicitárias dentro de um Jornal. Quadro totalmente oposto ao de hoje em dia. A linguagem era difícil para os não-especializados, o que causava cada vez mais o afastamento da grande massa por este tipo de jornalismo.

Mas em 1992, surgiu o Caderno Mais, da Folha de São Paulo, que apostou em um jornalismo mais leve. A forma de causar interesse no leitor foi publicar, além da Literatura, temas mais variados como sociologia, antropologia, artes plásticas, etc. Daí pra frente, até as mudanças que estavam ocorrendo nas grandes cidades, ajudou os cadernos culturais a passar por mudanças, transformando-os, assim, em algo mais popular e não só para doutores quando foi lançado. Em 1980, essa mudança de radicalizou devido ao avanço tecnológico (Internet). A intenção era trazer algo mais utilitário, onde o foco principal estava saindo do conhecimento por si só e indo para as necessidades dos leitores. Nos dias atuais, estudos chegaram a conclusão que os veículos não podem competir entre si, ou seja, a única certeza que se passou a ter é que a Internet não seria um inimigo do jornalismo impresso, pois cada um têm seus valores. Achar um novo modelo, que contemple interatividade e seja ao mesmo tempo inteligente e profundo, parece ser o grande desafio do jornalismo cultural hoje.

Hey, hey...

Danilo, estudante de Jornalismo.
Fiz esse blog mais para publicar matérias e trabalhos que faço na faculdade, porém não só para isso.

Como na descrição lá em cima: jornalismo, filmes, cócegas, infotenimento, baboseiras

Enfim...
have fun!